quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Nasce Nova Rota de Turismo no Paraná: Caminhos do Lago & Cataratas



Nas fotos: Lago de Itaipu visto do deck da Vitória II, Rosângela Dirlei Wilhelm, assessora da Secretaria de Turismo de P. Bragado, primeiro plano à direita; Holdi Römer, secretário de Indústria, Comércio,Turismo e Desenvolvimento Econômico de Pato Bragado com a neta Maria Júlia; à esquerda Marcel Bonfada do PTI-Foz, à mesa. Deatalhe do prato Schlachtplatte da Marina Nacional Itaipu

Jackson Lima

No começo, tudo o que havia para se curtir no Lago de Itaipu eram as prainhas artificiais. Hoje, elas continuam sendo uma forte atração para turistas de toda a região no verão. A diferença é que agora todos os municípios da área de influência do Lago fazem parte de um roteiro turístico chamado Caminhos ao Lago de Itaipu. Junto com Foz do Iguaçu, a região do lago forma agora a décima região turística do Paraná. Isso significa que as antigas prainhas ganharam reforço. Se tornaram verdadeiros balneários. E para complementar a oferta, os roteiro inclui ainda atrativos históricos, rurais, culturais, pesca, navegação de lazer além de novidades em pousadas e hotéis.

Quanto às praias, o roteiro tem uma oferta variada. Desde praias simples com vocação para atender público local até estruturas organizadas como o Terminal Turístico Alvorada de Itaipu de Santa Terezinha de Itaipu; o Terminal Turístico e Balneário Ipiranga de São Miguel do Iguaçu e o Balneário de Santa Helena – um dos maiores com 86 hectares de área verde, praias, quiosques e toda a infraestrutura necessária.

Santa Helena pega o visitante de surpresa. Cidade com boa qualidade de vida, com uma população pequena e 100% dos esgotos tratados, oferece toda a estrutura para o visitante. O Balneário está a poucos minutos da praça Orlando Webber, o centro da cidade. Na praça estão também a Prefeitura, a Usina do Saber e o Painel Histórico projetado por Adoaldo Lenzi Júnior. Segundo Gislene Grana, chefe de divisão do Turismo, Santa Helena recebe até 300 mil pessoas por toda temporada. “Os reveillons de Santa Helena são conhecidos”, diz Gislene.

A Terra das Águas – como Santa Helena é conhecida tem mais coisas a oferecer para quem decide conhecê-la. Um dos marcos da cidade é o Cristo Esplendor – um monumento que pode ser visto de toda a cidade. “É um Cristo feito em bronze que mede 12 metros de altura e pesa 23 toneladas”, destaca Mauricio Camilo Mentz, com anos de serviço ao turismo da cidade. Do Cristo se tem uma vista de toda a cidade e do Lago de Itaipu. “Daqui se pode ver que Santa Helena é quase uma ilha. Está cercada por água”, conclui Maurício. Entre as coisas aquáticas que se pode ver desde o Cristo Esplendor está o Porto Internacional de Santa Helena. Isso mesmo, Porto Internacional, que liga o Oeste do Paraná ao Paraguai e que faz parte de ambiciosos projetos para viabilizar a hidrovia Tietê-Paraná.

Santa Terezinha de Itaipu e São Miguel do Iguaçu possuem os Balneários de Alvorada e Ipiranga. Os dois também recebem visitantes de todo o Oeste do Paraná, de turistas paraguaios e argentinos e de turistas brasileiros que descobrem os encantos desse recanto do Paraná. A Prefeitura de São Miguel acaba de pintar todos os quiosques e churrasqueiras, de preparar a praia para a estação que já começou no dia cinco de novembro e prossegue até o carnaval. Uma nova tendência nos balneários do “Caminhos ao Lago de Itaipu”, se chama investimentos em hotelaria e meios de hospedagem.

Há chalés para alugar próximo a todas as “prainhas” a partir de Santa Terezinha de Itaipu. Aqui está o Hotel Fazenda Recanto do Lago onde o vereador de quatro mandatos, João Barulho, é o chef de cozinha. “Fui vereador durante quatro mandatos, no quinto não deu. Daí, toquei a vida e estou aqui recebendo amigos” explicou. O local tem piscina, apartamentos com sala, quartos e cozinha, churrasqueiras e muito verde. O hotel foi construído por um italiano que vinha à prainha como turista. Hoje, o hotel está sob administração local por motivos de doença de familiar do proprietário na Itália. “Podem vir que nós recebemos”, convida o ex-vereador Barulho.

Próximo e contíguo à Prainha de Ipiranga em São Miguel do Iguaçu, também há chalés e cabanas para aqueles que não querem acampar. Em todas as praias da costa do Lago de Itaipu os preços são acessíveis. Outros serviços incrementados incluem aluguel de lancha e barcos em Itaipulândia. Dois irmãos da cidade foram trabalhar na Itália para ganhar o dinheiro para realizar o sonho de uma pousada. O sonho se realizou. Se chama Pousada Don Blu. Darlan Puntel, adora pescar. É ele quem está organizando pescaria e levando gente para pescar com sua equipe.

Adiante, já em Porto Mendes parte de Pato Bragado – cidade membro do Roteiro do Lago há um barco para pesca, passeios e lazer. Se chama Vitória II, há quatro anos na água, construída in situ pelo capitão Olivo Antônio de Castilho. Ela, quer dizer a Vitória II, também faz a travessia diária entre o Porto Mendes e o porto de Marangatu no Paraguai. "O barco é muito usado por paraguaios que atravessam o lago e vêm comprar em Pato Bragado" - disse o secretário de Industria, Comércio,Turismo e Desenvolvimento Econômico de Pato Bragado, Holdi Römer. O capitão Olivo também faz paseios até a Marina Nacional e pode fazer passeios maiores ao passo que a lancha for ficando conhecida.

E já que mencionei a Marina Nacional Itaipu, é o nome completo dela, tenho que dizer que este é outro lugar que se destaca em Pato Bragado. Os navegantes podem atracar seus barcos na Marina e receber toda a atenção necessária nesses casos. Paga-se uma mensalidade caso o proprietário de barco deseje deixá-lo na Marina. Porém, a Marina Nacional tem outro serviço. É um restaurante surpresa às margens da estrada que liga Pato Bragado, Missal e outras cidades lindeiras. No cardápio comida alemã.

A idéia da Marina é do casal Sabine e Pedro Alt. Ambos de São Paulo. Ela alemã de nascimento e ele paulista-alemão. Servidos em uma bandeja de vidro delícias alemãs como eisbein (joelho de porco), salsichas branca e vermelha, frankfurter, batata cozida e sauerkraut. Tudo organizado em um prato chamado “schlachtplatte” segundo Sabine Alt. A tradução fica por sua conta. Vem exprimentar!

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